De mochila às costas pelo Egipto - Janeiro 2006


1º dia
"Oh, tudo é diferente, Oh, no Cairo quente...", já diza a musica dos Taxi na década de 80.
Em Janeiro, o Cairo não é assim tão quente, mas de qualquer maneira com temperaturas mais amenas do que em Lisboa.

http://www.youtube.com/watch?v=JCaD2qQXG8I

 Chegamos ao aeroporto do Cairo por volta da 1 da manhã. Rapidamente tratamos dos Vistos e nas chegadas , um homem com um gorro enfiado na cabeça espera por nós. Reservámos o hotel Crown a partir de Lisboa via internet e pedimos este transfer que até está incluído no preço da estadia.
Zacareia, o motorista, conduz-nos no seu taxi velhote até ao lugubre Hotel Crown, situado num 4º piso de um prédio sujo e mal iluminado. É engraçado, porque na internet as fotografias do quarto em nada condizem com aquilo que está diante de nós...Mas por 10 € a diária, não podemos ser muito exigentes, e é só mesmo para dormir e para onde vamos a esta hora da madrugada?
É assim qeu nos tentamos convencer quando nos instalamos no quarto amplo com 3 camas de lençois e cobertores gastos, de tectos altos com uma ventoinha, e alcatifa com manchas...

2º dia
De manhã cedo saímos para a rua, de encontro a esta frenética Cairo, com cerca de 16 milhões de corações a palpitarem por estas ruas caóticas onde atravessá-las é como praticar um desporto radical. Quase que não há semáforos para peões. Aprendemos então um truque. Colamo-nos aos experientes egipcios, sempre do lado oposto de onde estão os carros e atravessamos juntinho a eles, sempre a correr, claro.


A poluíção é terrível e os médicos dizem que respirar aqui equivale a fumar um maço de tabaco por dia!
Na estação de metro de Mubakara, e pelos caminhos subterrâneos da estação, alcancamos a estação de comboios de Ramsés onde pretendemos comprar os bilhetes de comboio para Luxor.
A pouco simpática funcionária da bilheteira dos "sleepingcars", diz-nos secamente que não aceitam libras egípcias, mas apenas dólares. Voltamos a fazer todo o caminho até à rua para podermos trocar as libras pelos 53 dólares de cada bilhete.


Voltamos à estação e adquirimos os bilhetes, enquanto alguns fieis muçulmanos se prostam de joelhos virados para Mecca, na sala de espera, ao som do Muezzin.








Finalmente caminhamos na direcçao do Museu Egípcio. Almoçamos no agradável Restaurante Italiano "de Mario", na galeria comercial do Hotel Nile Hilton.
Estamos a dormir no assustador hotel Crown, mas almoçamos no Hotel Hilton...a coisa está a melhorar.
As paredes do Restaurante estão cobertas com quadros e a esplanada parece um pequeno bosque, com tantas plantas que tem. Comemos uma pizza diferente, com frango, frutos secos e tâmaras.
Finalmente o Museu Egípcio, situado num enorme palácio na Praça Tahrir, e que é uma das maiores atracções do mundo. Mais de 12000 antiguidades egipcias, encontradas nas imensas escavações que se vêm a fazer, estão aqui expostas. Admiramos bustos esculpidos em pedra de granito, peças de joalheria, múmias com adornos espantosos, peças muitas delas com mais de 2000 e 3000 anos. O faraó Tutancamon tem uma sala dedicada só a si, onde está exposto o seu riquissimo tesouro.
Passamos aqui um bom par de horas. a admirar e a apreciar cada peça que vemos.



Quando chegamos ao hotel, o Recepcionista que está sempre a sorrir e que diz que o Pedro é parecido com um actor egipcio, convida-nos para tomar chá e nós aceitamos de bom grado.
Escurece cedo, os dias ainda são pequenos, mas a animaçao nas ruas não acaba por isso. As ruas e avenidas exibem montras luminosas e enchem-se de gente; de pessoas que passam e de vozes que apregoam alto e bom som as mercadorias que vendem, desde chinelos quentes a perfumados kebabs.
Passeamos por uma rua pedonal ladeada por cafés com esplanadas que ocupam o passeio e onde os homens vão puxando baforadas dos cachimbos de água dourados, a tradicional sheseha.
Perto desta zona, situa-se o Restaurante Alft Bey, com paredes em madeira , candelabros  e empregados fardados a rigor. Apesar do aspecto, os preços são económicos. Um pouco de "glamour", antes de voltarmos ao sombrio Hotel Crown...







3ºdia
Amanhecer no Cairo é sempre com névoa, por causa da camada espessa de fumo da poluíção. Puxo a cortina da janela, e para alem dos terraços degradados e sujos dos prédios que estão mesmo em frente, dou de caras com essa profanação do ar matinal.



O dia hoje é dedicado a um monumento com mais de 5000 anos de idade; 5000 anos de história e que a tudo sobreviveu: as Pirâmides!
Utilizamos primeiro o metro até Giza e aqui apanhamos um taxi até às Pirâmides.
Há estudiosos que negam terem sido os egiptos a empreender esta obra por falta de desenvolvimento  do povo para tal e há até quem defenda a hipótese de ali terem sico colocado por extra-terrestres...o certo é que mal as avistamos, ainda do taxi, da autoestrada por de trás dos infindáveis prédios em tijolo por acabar, para mim tudo se torna possível.
Junto das bilheteiras,  admiro a esfinge com o seu ar vigilante.
 A teoria dominante é de que a construcção das Pirâmide de Keops, a maior, remonta ao período do antigo Império Egipcio. Terá sido o Faraó com o mesmo nome, que encomendou a grande Pirâmide e a sua descendencia, de boaca em boca, terá passado o conhecimento até estar completo o trio.
Nestes tumulos de luxo, terão trabalhado mais de 30.000 egipcios, durante 20 anos.
Apesar do bom estado geral de conservação, ( estamos a falar de 5000 anos! ), alguma deteoriação é obviamente já visivel, e terá perdido cerca de 9 metros.
Alguns templos podem ser visitados e contemplamos os hieróglifos de letras e símbolos, como peixes e pássaros, esculpidos nas paredes frias.


No sopé das Pirâmides, homens alugam cavalos e camelos " a um bom preço " ( "good price, good price" ), para cavalgar à volta dos gigantes de pedra.
Normalmente não alinhamos muito nestes "cliches" turísticos, mas o Samir com o seu sorriso largo e a garantir que o camelo dele é o que está na fotografia do nosso guia da Lonely Planet e que se chama Charlie Brown, lá nos convenceu. Vamos até às dunas circundantes e de facto a vista sobre as Pirâmides é belíssima.
Samir parece um home sem idade, sorridente, mostrando os dentes amarelos provocado pelo fumo dos cigarros que vai fumando, enquanto nos conduz, ele no chão, nós em cima do Charlie Brown. É casado, tem 4 filhos e nunca foi à escola, mas desenrasca-se bem no inglês, que aprendeu com os turistas. Quer que os filhos tenham uma vida melhor, e por isso trabalha muito para eles estudarem.Tem orgulho no que faz, é patrão de si mesmo, é livre.
Vive com a mulher, os filhos, irmãos, 8 sobrinhos e a mãe.
"Samir só tens uma mulher? perguntamos.
Faz um gesto de alivio: "Sim, só uma!!! E já não é pouco...", responde com um ar de malandro. "Para ter outra mulher, só se for europeia, que não falasse árabe, pois a minha mulher não fala inglês, portanto, nunca se iriam perceber e não havería intrigas nem ciumes!"
E dá uma gargalhada.
Muda de assunto e diz-nos para termos cuidado com os egipcios, pois só querem o nosso dinheiro...para quando nos perguntarem de onde somos, respondermos que somos turcos, pois ninguem fala turco...
"Samir, esqueces-te que foi dessa maneira que nos levaste a passear pelas dunas: Where are you from ?"
















Acabamos a tarde na nada egipcia Pizza Hut, de frente e com vista para as Pirâmides.




Regressamos à confusão e à intragável poluíção do Cairo. Não é fácil respirar e a névoa densa de peoira tolda-nos a vista, mas ainda assim, é uma cidade incrível.


Deambulamos pelas ruas animadas, descobrindo aqui e ail mais um café típico com homens intemporais fumando a sheesha; avenidas pedonais e comerciais com lojas ocidentalizadas e edificios coloniais de estranha beleza.
De volta ao prédio do hotel, deparamos com uma inundação que chega já à entrada do prédio. O elevador decrépito não funciona. Subimos os 4 pisos, tentando não pisar o rego de água barrenta que vai descendo em cascata pelos degraus abaixo e alguns minutos depois voltamos a fazer o mesmo mas já com as mochilas nas costas.
Vamos para ae stação apanhar o comboio nocturno para Luxor.
O comboio surpreendeu-nos pela positiva. Tivemos direito a uma cabine só para nós com um beliche, um lavatório e temos direito a jantar e a pequeno-almoço.
O casal de orientais que está na cabine ao lado vai para Assuão, mais a Sul ainda. Resolvemos mudar de planos. E porque não ir já para mais Sul possível, em vez de estar a parar a meio, e já que estamos no comboio, aproveitamos a viagem até ao destino final.
Chamamos o empregado.
" Podemos saír em Assuão em vez de Luxor?"
"Podem sim", responde o funcionário.
" E qual é a diferença de valores ?" perguntamos, não vão depois cobrar-nos uma exorbitância.
Ele parece não perceber.
"Quanto temos que dar a mais", reformulamos a pergunta.
"Tenho que perguntar ao meu chefe", responde meio a gaguejar.
Um par de minutos depois regressa mas com um ar um pouco comprometido.
" O meu chefe diz que têm que pagar mais 20 € cada um".
Entregamos o dinheiro e ficamos a fazer contas. Para Luxor são cerca de 510 km e para Assuão cerca de 700 km. É muito? É pouco?
Vamos perguntar aos nossos vizinhos de Hong Kong quanto pagaram pelos seus bilhetes e respondem: 53 dólares cada um, ou seja, o mesmo que nós pagamos para Luxor!
1º O preço é igual, quer se saia em Luxor ou quer se sai 200km depois...interessante...
 2º Fomos bem enganados pelo rapaz e o suposto "chefe".
Chamamos novamente o empregado e confrontamo-lo com estes factos. Ele fica muito atrapalhado e de imediato nos devolve o dinheiro. Não admira, O Egipto desenvolveu uma policia de Turismo muito forte, que inclusivamente não permite que os turistas viajem em determinados meios de transporte por não serem considerados aceitáveis...

4º dia
Com o doce balançar dos carris chegamos à cidade de Assuão, a cerca de 700km a Sul do Cairo, nas margens do Rio Nilo.
Os vales áridas desta região são irrigados pelas águas ferteis do Nilo.


É uma cidade bem mais tranquila do que o Cairo.
Ficamos no Hotel Horus, na marginal, mesmo em frente ao rio, num quarto com uma varanda com uma vista de cortar a respiração sobre o rio e as imensas dunas que o cercam.
Apesar de ser mais tranquilo do que no Cairo, ainda assim, estamos numa zona com bastante barulho. Chegam até nós e a qualquer hora os sons das buzinas dos carros.

Explorar os becos e ruelas do interior da cidade, é regressar a tempos antigos. Existem lojas ancestrais, carroças comandadas por burros e conduzidas por homens com enormes barbas, envoltos em vestes até aos pés; bazares ao ar livre onde se apregoa tudo e mais alguma coisa.
Era por aqui que em tempos idos, passavam as caravanas, e apesar de isso já não acontecer, continua contudo a haver uma atmosfera bastante especial.







Almoçamos à beira-rio, no Aswaan Moon, um barco convertido num restaurante simpático com peços acessíveis e uma vista desafogada e das margens do lado oposto, arenosas e verdejantes.
E tivemos muito tempo para apreciar a vista, já que esperámos 1 hora para nos servirem o Daoud Basha, uma espécie de almondegas de carne com nozes num molho rico de tomate.
Aqui em Assuão,o assédio aos turistas é bem mais agressivo, e depois dos atentados em Sharm el Sheik no ano passado, com a drástica redução da vinda de turistas, há que aproveitar os que há, e então somos constantemente interpelados por homens que nos querem com muita persistência vender passeios de taxi, passeios em carroças puxadas por cavalos, passeios de felucca...
Até houve um que nos jurou que o ferry publico que atravessa o Nilo até à ilha Elephantina já não existe e que só com ele no seu barco conseguiríamos lá chegar. Mas como nós ainda somos mais persistentes, continuámos a caminhar e encontrámos o cais dos ferries, que por 1 libra egipcia por pessoa faz o trajecto entre as duas margens.
Ao fazermos a travessia, apercebemo-nos realmente da quantidade de paquetes que estão ancorados ao longo da margem!
A ilha de Elephantina é um oásis com 1500 metros de comprimento e 500 metros de largura, de paz e silêncio. A palavra é de origem grega e significa "cidade dos elefantes". Poderá o nome estar relacionado com as trocas de marfim que aqui se realizavam, ou com por perto da ilha existirem umas rochas que se assemelham a elefantes.


Composta por casinhas coloridas, a ocupar ruelas labirinticas, onde as crianças correm de lado para lado, interagindo connosco, como se nos conhecessem há muito tempo. "Hello. Hello!!!" vão gritando efusivamente.
As mulheres, de longos vestidos, umas todas de preto, outras com tecidos coloridos, cumprimentam-nos e até nos oferecem chá.
O denso palmeiral percorre a ilha, que é dividia em 2 aprtes: Siou e Koti.
Algumas mulheres arranjam legumes nas soleiras das portas, outras lavam roupa em alguidares e outras conversam à sombra.










A vida aqui decorre tranquilamente.
Da ilha, avistamos a mais barulhenta Assuão, e do outro lado, a bela ilha de Kitchener, ilha que foi oferecida a um cônsul holandês e que ali criou um jardim botânico.
Assistimos ao magnifico pôr do Sol da esplanada de uma casa Nubia convertida num pequeno Museu e que tambem vende souvenirs, na tranquilidade das margens do Nilo, com o verde luxuriante da ilha de Kitchener em frente.









5ºdia
A vista sobre o Nilo à luz baça da manhã é uma benção para o olhar! Talvez porque esteja rodeado de dunas douradas e o azul aí se enquadre tão bem.
Depois de um rápido pequeno-almoço no hotel, o Abdulah, o taxista com quem combinámos um tour, já nos esperava impacientemente.
A 1ª paragem foi no templo de Philae, que se situa na romântica ilha Agilkia, no lago Nasser.
O Abdulah deixou-nos nas bilheteiras. Há sempre barcos cheios de turistas a fazer a travessia. Partilhámos um dos barcos com um casal espanhol e o filho adolescente. Ficamos a saber que Silvia e a familia estão a fazer um dos muitos Cruzeiros que diáriamente descem o Nilo.
Prestes a ser submergido pelo alto nível das águas do rio, antes da construção da barragem, nos anos 60, a Unesco decidiu em bom tempo salvar este antigo templo, retirando-o de Philae e colocando-o 20m mais acima, na ilha onde se encontra hoje.
Dedicado à deusa Isia, que simbolizava a fertilidade e maternidade e era descrita como detentora de poderes mágicos. Era representada com um corpo de mulher e uns cornos de vaca na cabeça.










Em seguida, parámos com Abdulah num miradouro para melhor apreciar a grandeza da barragem do Lago Nasser.

Finalizámos a tarde com um tranquilo passeio numa felucca, um barco típico à vela de madeira, que desliza pelas águas, sem pressas ao sabor dos ventos.






O entardecer torna-se mágico. O sol desce suavemente e as dunas adquirem tonalidades rosadas.

Na praça central de Assuão existe a BitPizza, uma Pizzaria onde comemos e onde conhecemos um mochileiro dinamarquês mas a viver no Candá há muitos anos, e com 71 anos!
Está a fazer a sua viagem sózinho ple Egipto e em seguida viajará para a Jordânia de camioneta.Não se preocupa com o tempo que vai durar a viagem: tempo é o que não lhe falta, diz com uma certa nostalgia.
Vai planeando a viagem conforme o seu coração manda.

6ºdia
Acordamos antes das 5 da manhã, ainda d enoite, pois temos a viagem de comboio para Luxor às 6 da manhã.
No hotel providenciaram-nos uma embalagem com um pequeno-almoço com pão, queijo, tomate, pepino e ovo cozido e no café junto à estação confortamos o estômagao com um café com leite bem quente.
A 2ª classe do comboio está um pouco suja. Na nossa carruagem viajam outros turistas, todos orientais.
A viagem até Luxor demora 3 horas.
Nas margens do Nilo, tal como Assuão, é lugar de templos e monumentos ancestrais.
O Nilo separa Luxor em 2 partes: a margem oriental, consgarda aos mortos, onde se situam algumas das mais importantes necrópoles do antigo Egipto.
Escolhemos o hotel Mina Palace, cujo quarto tambem tem uma bela vista sobre o Nilo e a outrra margem.
Depois de nos instalarmos, vamos até ao templo Karnak, a cerca de 4km do centro de Luxor. É o maior dos templos do antigo Egipto, iniciado em 2200 a.c. e dedicado às divindades Amon, Mut e Khonshu, e foi sucessivamente aumentado pelos faraós, tendo levado mais de mil anos a ser construído.
O ponto alto do templo é a sala Hipostila, sustentada por enormes colunas que pesam milhares de toneladas, e consideradas as maiores do mundo, algumas ainda com vestigios de pinturas.










A noite amena serviu para para deambularmos pelas ruas iluminadas e movimentadas e tambem pelos colridos souks.
Passamos pelo iluminado templo de Luxor.





7ºdia
Depois do pequeno-almoço no hotel, apanhamos um ferry para a outra margem, a parte ocidental de Luxor.
Durante a travessia, um homem achou que se devia juntar a nós e durante toda a viagem foi ofecerendo os seus serviços de motorista de taxi para nos conduzir aos monumentos. Mas a verdade é que os nossos planos já estão definidos e pretendemos alugar bicicletas para percorrermos a zona.
A estrada é boa, alcatroada e maioritáriamente plana e com pouco trânsito. Quem passa por nós, são normalmente turistas, ou em taxis ou nos autopullmans que vêm dos cruzeiros.
A ultima parte do caminho para o Vale dos Reis é realmente uma subida bastante acentuada. Está muito calor e não há praticamente sombras, a estrada é ladeada por deserto e dunas de rocha, pelo que se torna uma subida muito suada!
Pagámos 55 libras cada um para entrar no Vale dos reis, principal necrópole do antigo Egipto, que possui 62 tumulos dos faraós, sendo o 62o mais importante, o do faraó Tutankhamon, mais pelo espólio do que até pela importância do faraó.
As 55 libras permite-nos escolher 3 destes 62 tumulos para visitar, dispersos ao longo deste enorme vale de calcário e rochas sedimentadas.
Os tumulos estão decorados com cenas mitológicas e embora quase todas tenham sido abertas e roubada sna antiguidade, ainda transmitem a opulência e riqueza dos faraós.










Há um caminho que leva cerca de 45 minutos a percorrer a pé que liga o vale ao templo de Hatsheput e é suposto ter vistas espectaculares sobre as montanhas Theban, mas como estamos de bicicleta, é de bicicleta que pedalamos até lá, pela estrada alcatroada.
Passamos por aldeias à beira da estrada com casinhas pintadas de várias côres a contrastar com o dourado das dunas de rochas e pelas poeirentas ruelas circulam homens sentados em cima de burros , mulheres com vestidos até aos pés e crianças sujas e descalças entretidas em eternas brincadeiras.
O templo de Hatsheput foi construído por Senenmut, aqritecto da Rainha Hatsheput. Esta rainha governou como um faraó, sendo considerada a 1ª mulher chefe do governo da História. Parte do templo está talhado na rocha.









7ºdia
Partimos para Hurghada, uma viagem numa camioneta pouco confortável mas com uma paisagem desértica e lunar magnifica.





Demorou bem mais do  que as 4 horas anunciadas, mas finalmente chegamos à zona onde deserto se funde  com o mar azul turquesa de águas muito transparentes.
Não é fácil encontrar hoteis para mochileiros, mas lá acabamos por encontrar o Snafer Hotel de quartos amplos e limpos com um proprietário simpático, pelo preço de 70 libras a diária com pequeno-almoço.
Passamos em Hurgada quase 4 dias, sobretudo para fazer mergulho.

                                Mergulho em Hurghada































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