Nestes ultimos dois dias com este mau tempo de chuva e vento, e até com um tornado a atordoar algumas zonas do Algarve, não há nada melhor que acordar neste Sábado e debaixo do edredon observar a chuva e o vento a fustigarem a janela e a pensar em viagens.
Normalmente temos sorte com o tempo quando viajamos. Tambem temos algum cuidado em escolhe uma época adequada viajar para o país que pretendemos visitar, mas não gostamos de "épocas altas" e tentamos evitá-las para fugir às enchentes de turistas e tambem aos preços mais altos. Assim, procuramos partir um pouco antes dessa época alta começar ou então já mesmo no fim dela.
As próprias alterações climatéricas mundiais fazem com que as coisas tambem já não sejam tão rigorosas assim, mas os 2 períodos acima mencionados são os nossos favoritos e normalmente temos sorte, ainda apanhamos bom tempo e temos ao nosso dispôr preços mais baixos e que podem ser melhor negociados, sobretudo a nível de alojamneto.
No entanto, como é óbvio, algumas vezes apanhamos dias como estes que estamos a ter em Lisboa, de chuva, vento e frio...ou chuva e calor...
Pode ser aborrecido e estragar-nos os planos da viagem, mas resta encarar esses dias como parte integrante da viagem e até sabe bem a chuva tropical quente, que não temos em Portugal, ou um dia cinzento e frio num local onde não vivemos, num quarto de um hostal ou hotel para repousar dos dias de estrada, enquanto observamos os locais enfiados em casacões a correrem para os empregos. É um dia frio e chuvoso, mas é um dia diferente tambem, pois estamos num lugar que não é o nosso a viver mais uma aventura que perdurará na nossa memória.
Já era Primavera quando fomos até à Serra de Gredos, em Espanha, mas a altitude máxima de mais de 2500 m permitiu que fizéssemos o nosso trekking ainda com neve. Não subimos até ao ponto máximo, o Pico Almançor, mas a caminhada árdua sobre os flocos fôfos da neve até ao lago de onde se avista o Pico, valeu a pena.
Cove copiosamente quando chegamos. Não se vê quase ninguem nas ruas. Descobrimos um hotel que segundo o Lonely Planet é o melhor da Vila, e nem queremos imaginar como será o pior.
Durante a noite, deitados sôb os lençois e a colcha côr de rosa em cetim repleta de folhos, ouvimos o gemido fantasmagórico do vento a fustigar agressivamente as portadas da janela.
A Cantábria é das regiões espanholas mais bonitas. Não só pelas montanhas e pelo assombroso Parque Picos da Europa, na fronteira com as Asturias, de monhtanhas imponentes, como tambem pelas bonitas aldeias de pedra que parecem ter parado no tempo como pela beleza das praias frescas onde um mar enérgico de espuma branca lambe areias e rochedos.
Atravessamos primeiro uma outra aldeia um pouco maior, Sotres. O nevoeiro adensa-se à medida que vamos subindo a estrada sinuosa, e deixamos de ver o abismo que nos cerca. A estrada termina com esta aldeia, Tresviso. O nevoeiro vai-se dissipando e mostra as montanhas imponentes que a rodeiam.
Portugal não está muito associado a neve. No entanto, a Serra da Estrela, a unica estancia de ski em Portuga,l no Inverno brinda-nos sempre com esse espectaculo branco.
Houve uma ano, que aproveitámos os feriados de inicio de Dezembro e rumámos à Serra por uns dias e não esperávamos tanta neve.
Numa das 3 vezes que mochilámos pela India, apanhámos o fim das monções em meados de Setembro. No Norte da Indía e de Varanasi a caminho do Nepal, de camioneta, passámos por muitas estradas alagadas, em alguns sitios, apenas víamos os topos das árvores. No entanto, o calor nem por isso diminuiu e a humidade cola-se ao corpo.
No Nepal tambem fomos surpreendios pelo fim das monções, com verdadeiras chuvadas torrenciais que provocaram derrocadas nas estradas montanhosas e sinuosas deste belo País.
A verde e luxuriante Malásia é assim, porque tem elevados níveis de precipitação. Na paradisiaca ilha de Pulao Pangkor, estávamos a gozar de uma tarde de Sol na praia, qaando de repente o céu se tornou muito cinzento e uma chuvada quente e densa se abateu sobre a Ilha e motivou a fuga dos banhistas da praia. Não tardou muito, e a trovoada veio juntar~se à tempestade tropical. Corremos de toalhas de praia sobre as cabeças para nos abrigarmos debaixo do toldo do unico Café que está sobre a areia da praia. Como o hotel ainda estava a cerca de 15 minutos de caminhada, ficámos ali algum tempo à espera que a chuvada abrandasse e fomos ainda surpeendidos por um casal de turistas que apesar da tempestade, não resistia às temperaturas cálidas das águas do mar e nadava tranquilamente. Uma tempestade não deixa que o Paraíso deixe de ser Paraíso!
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