domingo, 18 de novembro de 2012

E quando chega o mau tempo nas nossas Viagens



Nestes ultimos dois dias com este mau tempo de chuva e vento, e até com um tornado a atordoar algumas zonas do Algarve, não há nada melhor que acordar neste Sábado e debaixo do edredon observar a chuva e o vento a fustigarem a janela e a pensar em viagens.
Normalmente temos sorte com o tempo quando viajamos. Tambem temos algum cuidado em escolhe uma época adequada viajar para o país que pretendemos visitar, mas não gostamos de "épocas altas" e tentamos evitá-las para fugir às enchentes de turistas e tambem aos preços mais altos. Assim, procuramos partir um pouco antes dessa época alta começar ou então já mesmo no fim dela.
As próprias alterações climatéricas mundiais fazem com que as coisas tambem já não sejam tão rigorosas assim, mas os 2 períodos acima mencionados são os nossos favoritos e normalmente temos sorte, ainda apanhamos bom tempo e temos ao nosso dispôr preços mais baixos e que podem ser melhor negociados, sobretudo a nível de alojamneto.
No entanto, como é óbvio, algumas vezes apanhamos dias como estes que estamos a ter em Lisboa, de chuva, vento e frio...ou chuva e calor...
Pode ser aborrecido e estragar-nos os planos da viagem, mas resta encarar esses dias como parte integrante da viagem e até sabe bem a chuva tropical quente, que não temos em Portugal, ou um dia cinzento e frio num local onde não vivemos, num quarto de um hostal ou hotel para repousar dos dias de estrada, enquanto observamos os locais enfiados em casacões a correrem para os empregos. É um dia frio e chuvoso, mas é um dia diferente tambem, pois estamos num  lugar que não é o nosso  a viver mais uma aventura que perdurará na nossa memória.

Amazónia é daqueles lugares onde chove sempre muito e de uma maneira que não deixa ninguem indiferente. A repousar nas camas redes do eco-lodge onde ficámos alojados, em plena selva, resta-nos ver a ouvir as águas a caírem sem piedade dos céus. Chegam até nós sons agudos e graves, misteriosos, vindos das profundezas da selva. Os animais, aves, jacarés, cobras, onças, insectos, excitam-se com a chuvada e oferecem-nos cânticos inesquecíveis.

Já era Primavera quando fomos até à Serra de Gredos, em Espanha, mas a altitude máxima de mais de 2500 m permitiu que fizéssemos o nosso trekking ainda com neve. Não subimos até ao ponto máximo, o Pico Almançor, mas a caminhada árdua sobre os flocos fôfos da neve até ao lago de onde se avista o Pico, valeu a pena.
Não esperávamos ainda tante neve. O percurso começa íngreme a subir,mas ainda sem neve, mas à medida que entramos pelo parque adentro, a neve vai cobrindo todo o chão e um imenso tapete branco e macio passa a ser o chão que pisamos. As botas de trekking afundam-se na neve e dificulta a caminhada. Embora estivesse um dia de Sol, o vento glaciar corta o ar e faz gelar as orelhas e faces. Chegámos exaustos ao nosso destino, o vale com o lago e o albergue para os caminhantes pernoitarem, e de onde se avista o Pico de Almaçor, branco e íngreme. A neve, o frio,o Sol, o silêncio em perfeita comunhão com o desfiladeiro das montanhas.

                                           




Em Marrocos não chove muito. Chegámos a estar num local onde nos asseguraram que não chovia há 3 anos! Na nossa ultima viagem a Marrocos, numa aventura Outonal em pleno Outubro, Azilal, a sul de Marraqueche, aonde chegámos de camioneta, recebeu-nos com uma forte chuvada. As ruas da pequena Vila, depressa se toranaram lamacentas e poças de água brilhavam sôb o cizento do Céu.  Chegámos no fim do Ramadão, que coincide com festa, a festa de Eid al-Fitr e manda a tradição que se vistam roupas novas e se visite a familia. Mas ainda estamos nos ultimos dias do jejum do Ramadão e duarnte o dia não se vê quase ninguem e muitas lojas e cafés estao fechados. alguns abrindo ao fim do dia e outros nem isso.
Cove copiosamente quando chegamos. Não se vê quase ninguem nas ruas. Descobrimos um hotel que segundo o Lonely Planet é o melhor da Vila, e nem queremos imaginar como será o pior.
Durante a noite, deitados sôb os lençois e a colcha côr de rosa em cetim repleta de folhos, ouvimos o gemido fantasmagórico do vento a fustigar agressivamente as portadas da janela.



A Cantábria é das regiões espanholas mais bonitas. Não só pelas montanhas e pelo assombroso Parque Picos da Europa, na fronteira com as Asturias, de monhtanhas imponentes, como tambem pelas bonitas aldeias de pedra que parecem ter parado no tempo como pela beleza das praias frescas onde um mar enérgico de espuma branca lambe areias e rochedos.
Apesar do Inverno já tardio em que visitámos aqui os Picos da Europa, dias amenos de Sol alternaram com nevoeiro e frio, o que não nos impediu de explorar a Serra e apreciar as suas belezas. Na fotografia, a estrada a caminho de Tresviso, em plenos Picos da Europa, uma aldeia, no fim da estrada de portas viradas para as montanhas com cerca de 80 habitantes.
Atravessamos primeiro uma outra aldeia um pouco maior, Sotres. O nevoeiro adensa-se à medida que vamos subindo a estrada sinuosa, e deixamos de ver o abismo que nos cerca. A estrada termina com esta aldeia, Tresviso. O nevoeiro vai-se dissipando e mostra as montanhas imponentes que a rodeiam.



Portugal não está muito associado a neve. No entanto, a Serra da Estrela, a unica estancia de ski em Portuga,l no Inverno brinda-nos sempre com esse espectaculo branco.
Houve uma ano, que aproveitámos os feriados de inicio de Dezembro e rumámos à Serra por uns dias e não esperávamos tanta neve.
A estrada até à Torre, ponto mais alto com cerca de 2.000m de altitude, estava ladeada por uma tapete branco. Mesmo dentro dos fatos confortáveis de Ski, sentíamos nas faces o vento cortante e gélido. Quando ao fim do dia chegávamos às casas do Cruzeiro, alojamento de tursimo rural onde ficámos numa simpática e tipica casinha de pedra, acendíamos a lareira e sacudíamos o gelo dos nossos fatos.








Em Istanbul tambem apanhámos um dia inteiro de chuva  forte e temperatura fresca. Mas Istanbul é Istanbul. É sempre uma cidade mágica, seja com Sol, seja com chuva. Enfiamos os impermeáveis, compramos na rua um chapeu de chuva peuqeno ( pois chove mesmo muito! ) e partimos à descoberta da Mesquita Azul, da Basilica Santa Sofia, do Palácio Topkapi....




Foi uma chuva de Maio que nos refrescou em Sighisoara na Roménia, aka terra do Drácula. Como um bom filme de terror do Drácula, o ceu cinzento e a chuva contribuíram para nos enquadrar  melhor nesse ambiente. Só faltaram mesmo os relâmpagos e trovoada. As casas com fachadas românticas, alguns casarões com ar mistico, a própria mansão onde viveu o Conde Dracul, a escadaria coberta por um tunel escuro que conduz até a um cemitério e uma escola, que sai de uma das praças da cidade, adquirem com este tempo chuvoso um ar de filme sobrenatural.



Numa das 3 vezes que mochilámos pela India, apanhámos o fim das monções em meados de Setembro. No Norte da Indía e de Varanasi a caminho do Nepal, de camioneta, passámos por muitas estradas alagadas, em alguns sitios, apenas víamos os topos das árvores. No entanto, o calor nem por isso diminuiu e a humidade cola-se ao corpo.
A fotografia foi tirada num restaurante meio luigubre de beira de estrada onde a camioneta parou, a norte de Varanasi, numa viagem que demorou quase 1 dia para chegar à fronteira nepalesa. Não parece, mas a chuva caia estrondosamente, enquanto comíamos à pressa um caril de legumes com arroz branco.





No Nepal tambem fomos surpreendios pelo fim das monções, com verdadeiras chuvadas torrenciais que provocaram derrocadas nas estradas montanhosas e sinuosas deste belo País.

Em Tansen, uma vila alojada na cocha da montanha, fizemos um pequeno trekking pelas pequenas aldeias e floresta, mas o nevoeiro era tão intenso que nos impediu de apreciar a paisagem, mas as aldeias com casinhas em lama coloridas, com o milho desfolhado em cima de mantas nas varandas, crianças descalças a brincarem na soleira das portas, mulheres com lenços na cabeça a carregarem enormes cestos às costas e pastores solitários a conduzirem os seus rebanhos até à floresta espessa e verde fizeram deste trekking com nevoeiro e chuviscos um dia memorável.




Uma das muitas derrocadas provocadas pelo mau tempo do fim das monções nas estradas Nepalesas.




A verde e luxuriante Malásia é assim, porque tem elevados níveis de precipitação. Na paradisiaca ilha de Pulao Pangkor, estávamos a gozar de uma tarde de Sol na praia, qaando de repente o céu se tornou muito cinzento e uma chuvada quente e densa se abateu sobre a Ilha e motivou a fuga dos banhistas da praia. Não tardou muito, e a trovoada veio juntar~se à tempestade tropical. Corremos de toalhas de praia sobre as cabeças para nos abrigarmos debaixo do toldo do unico Café que está sobre a areia da praia. Como o hotel ainda estava a cerca de 15 minutos de caminhada, ficámos ali algum tempo à espera que a chuvada abrandasse e fomos ainda surpeendidos por um casal de turistas que apesar da tempestade, não resistia às temperaturas cálidas das águas do mar e nadava tranquilamente. Uma tempestade não deixa que o Paraíso deixe de ser Paraíso!

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