sábado, 24 de agosto de 2013

Fim de Semana em Montemor-o-Novo...e arredores


Em Junho passei 2 dias em Montemor-o-Novo e arredores, e apesar da chuva e do frio ( até custa a acreditar que estamos em Junho, a poucos dias do inicio do Verão ) foi reconfortante rever a paisagem alentejana, vestida nesta altura de trajes muito verdes e floridos e para isto contribuíram também os muitos dias chuvosos do ultimo Inverno.

Outrora confinada ao interior das muralhas do Castelo, Montemor cresceu e nos dias de hoje, margina toda a zona envolvente do castelo.
A chuva e o ar fresco afasta as gentes das ruas.
Percorro ruas, terreiros e terreirinhos e aprecio casas de formosas fachadas de influencia manuelina. Uma escadaria imensa agora de terras revoltas devido às obras, conduz ao castelo.
O mercado situado bem no centro, junto aos bombeiros é suposto ser animado aos Sabados de manhã. Chego já no fim desta manhã fria e cinzenta mas ainda apanho os vendedores de frutas e legumes, de queijos, de livros em segunda mão, de bolos típicos, de flores, de velharias...
No exterior do mercado, os azulejos azuis e brancos mostram as profissões da região, ligadas à agricultura.



 




À volta de Montemor são também possíveis um par de percursos de automóvel.
As gotas da chuva a baterem no vidro quase que parecem uma canção de embalar e com os olhos ligeiramente toldados pela sonolência, ainda consigo admirar a paisagem bucólica de campos com tapetes roxos de flores e mantas douradas de espigas.

Do nada, surgem quintas e montes, algumas abandonadas e em ruínas. As igrejas parece que foram construídas para não serem vistas, de pequenas e discretas que são, sempre de portas fechadas. Podem ser visitadas mas a chave tem que ser sempre pedida e normalmente na casa ao lado.

Muito perto de Montemor, estão as grutas do Escoural.
Apanho uma desilusão quando  chego ao centro de interpretação e dizem que convem marcar previamente a visita. O ultimo grupo tinha acabado de saír.
Resta-me apreciar as fotografias aqui expostas. O rapaz da bilheteira declara com orgulho que é guia estagiário e que já decorou onde estão algumas das formações rochosas que se assemelham por exemplo a animais.

Fim da tarde. Ainda há muita luz. Apesar do tempo cinzento, estamos em Junho e os dias são grandes.
Aproveito para ir a Évora. A primeira vez que fui a Évora devia ter uns 12 anos e foi numa viagem de fim de ano lectivo de escola de 5 dias. Enquanto percorro os quilómetros que me separam desta magnifica cidade, recordo a Pousada de Juventude onde ficámos nessa altura, do quarto com os beliches separado da sala comum onde diariamente havia festas e convívio.
Posso estar enganada, mas o ambiente parece não ter mudado muito desde então...
Passear pelas ruas empedradas de Évora tem sempre um sabor a passado. Passar debaixo de arcadas em frente a cafés e restaurantes acolhedores até chegar á Praça Giraldo, onde em fim de ano lectivo os estudantes festejam a cantar e de copo na mão.
Anoitece e é um anoitecer frio. Sobretudo para Junho. Ainda assim aproveito estas ultimas horas da noite para jantar e passear sem rumo pelas ruas e ruelas desta magnifica cidade.


 

 

 

 

























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