terça-feira, 29 de janeiro de 2013

De que rostos é feito o mundo - Continuação



Enquanto nós visitamos os lugares com os olhos e a curiosidade de um viajante normal, querendo apreciar do ponto de vista estético ou cultural, há ao nosso lado muita gente que está ali por razões  de fé , religiosas, espirituais. O seu olhar é diferente do nosso. As suas motivações tambem não se equiparam às nossas. Por isso, é que encontro no seus olhares uma emoção sempre muito mais poderosa e autêntica do que a que nós temos. Não que não nos possamos emocionar tambem com o que vemos...muitas vezes já me aconteceu até ficar com lágrimas nos olhos devido à beleza de um lugar ou à espriritualidade que dele emana, mas na verdade nunca será como a dos que estão ali por fé ou devoção.
O que sentimos nós viajantes  comparativamente com eles é quase leviano. Hoje estou em extase a apreciar um templo, mas no dia seguinte, esse templo é substituído por um belo Vale rodeado de montanhas que me faz esquecer o extase do lugar anterior que visitei.
As pessoas que estão num lugar por devoção, estão ali por isso, pela devoção, pela Fé. Mesmo que a seguir visitem outro lugar de culto, não será relevante se é mais bonito, mais antigo, mais rico...porque é a Fé que os move e não propriamente o lugar.

Na Grécia, em Meteora, uns conventos antigos esculpidos em cima de penhascos vertiginosos foram o motivo para viajarmos até lá.
Estes peregrinos terão ido à procura de algo mais...


Um dos Conventos em Meteora, Grécia



 Em Gyrokastra, na Albânia. O olhar de quem fotografa e o olhar de quem é fotografado.






Na cidadela ainda habitada do castelo Medieval de Berat, na Albânia, a nossa viagem cruzou-se com a viagem deste casal, a viagem de uma vida.







O taxi é um dos meios de transporte que mais usamos nas viagens. Quem ler isto, há-de pensar que é um luxo, tendo em conta que defendemos as viagens económicas, mas na realidade em alguns Países andar de taxi é muito barato, e bem, às vezes tambem náo há grandes alternativas. Já apanhámos Motoristas  ansiosos e nervosos na condução a quem pedíamos "calma"; apanhámos aqueles que nos queriam enganar, querendo-nos deixar num hotel diferente do que tínhamos pedido ou até mesmo mentindo, dizendo que o hotel para onde queríamos que nos levasse tinha ardido. Nestes casos, há que fazer finca pé!
Apanhámos um motorista espectacular em Beirut, no Líbano que passou horas connosco à noite pelas ruas da cidade à procura de um hostal económico, mas só nos apareciam hoteis caros...o pobre do Motorista estava com tanta pena nossa que até nos convidou para dormirmos em sua casa.
Apanhámos tambem o Xerife, o Albanês que nos levou até à fronteira da Macedónia e que pousa em baixo para a foto!

O Xerife a deixar-nos entregues à nossa sorte na fronteira entre a Albânia e Macedónia.



Musica defronte do castelo de Ohrid, na Macedónia.

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