sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Tanjore


24. Setembro 2014

Apanhei um autocarro governamental de Madurai para Tanjore, às sete e pouco da manhã. Estes autocarros governamentais são todos muito parecidos, normalmente coloridos, já muito antigos, nenhum prima pela limpeza e têm a particularidade de não terem vidros, o que até sabe bem com este calor, e são muito económicos. Parece que estão quase sempre a saír, no entnato, demoram muito tempo a chegar a qualquer destino, pois páram em muitos sitios e as estradas são estão em mau estado e têm sempre muito trânsito.
Paguei pouco mais de 1 € para uma suada viagem de 4 horas.
Apanho um riquexó motorizado para o hotel Vali, situado no fim de um beco tranquilo, depois de passar por uma meia duzia de pequenas oficinas de mecânica de bicicletas e motas.
É nesta moradia pintada de verde com quartos simples mas económicos que vou passar uma noite. Na realidade, o quarto não chega aos 8 € a noite e por isso não fico surpreendida com a cama muito estreita encostada à parede pintada de verde, debaixo de duas janelas com vidros opacos sem cortinas, a espécie de escrivaninha com a cadeira de plástico e a casa de banho muito antiga, mas ainda assim espaçosa.
No Restaurante do hotel como o pior Aloo Gobi da minha vida.
O calor desmotiva.me a saír para a rua, mas não tenho muito tempo em Tanjore, saio ja´amanhã de manhã e quero visitar o Palácio Real e o templo Brihadeshwara ( tenho dificuldade em memorizar estes longos nomes sul indianos ). Apanho um riquexó para o Palácio Real e o motorista em vez de me deixar à entrada, debaixo da arcada pincipal onde está a bilheteira, deixa-me junto à entrada do Museu.O Complexo é constituido por sete secçoes e precisamos de comprar 4 bilhetes o que torna a visita um pouco confusa. Construído no séc XVI pelos Nayaks, uma das dinastias que reinou no Sul da India, é consituido pela livraria Saraswathi Mahal, pela torre sineira, pelo Museu que exibe uma importante colecçao de estátuas em bronze, como por exemplo o casamento de Shiva com Parvati.

Museu do Palácio Real
Mandapa Hall no Palácio Real

SARASWATHI - DEUSA DO CONHECIMENTO

 
Cruzo-me com alguns turistas indianos e um grupo de estrangeiros com guia. Um dos indianos com quem me cruzo é Sanju. Voltamos a encontrar-nos à saída do Palácio quando me pergunta se vou ao templo e como vou. Respondo que de riquexó. Diz que não vale a pena, que é muito perto e dá bem para ir a pé. Junto-me então a ele e ao seu colega, um jovem estudante universitário com ar espevitado. Tambem penso que Sanju é estudante, mas na realidade já trabalha e trabalha numa empresa de equipamento de hemodiálises como coordeandor. Mal saímos do complexo Real, um motorista de riquexó mal encarado aborda-nos. Pressiona-me a entrar no riquexó, mas Sanju e o colega dizem-lhe que vamos a pé. O motorista exalta-se, e começa a gritar em tamil e os rapazes respondem em hindi tambem. Sei que sou o motivo da discussão, mas limito-me a observar e o motorista exalta-se ainda mais e acha, vai-se lá saber porquê, que tenho que entrar no seu riquexó. Ignoro-o e continuo a andar e ele acaba por desistir.
Alguns minutos depois, estamos junto ao impressionante templo da dinastia dos Chola, construído no sec XI.
Estou mesmo com vontade de apreciar o templo sozinha e digo ao Sanju e o colega para continuarem a visita sem mim. Fico para trás, maravilhada com este templo, dedidado a Shiva e que é património da Unesco e demonstra bem a riqueza económica e artistica dessa dinastia. O gopuram principal tem cerca de 60 metros de altura.
Gopuram no templo
Templo ao fim da tarde
Detalhe do gopuram


Templo Brihadeswara





 

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