24. Setembro 2014
Apanhei
um autocarro governamental de Madurai para Tanjore, às sete e pouco
da manhã. Estes autocarros governamentais são todos muito
parecidos, normalmente coloridos, já muito antigos, nenhum prima
pela limpeza e têm a particularidade de não terem vidros, o que até
sabe bem com este calor, e são muito económicos. Parece que estão
quase sempre a saír, no entnato, demoram muito tempo a chegar a
qualquer destino, pois páram em muitos sitios e as estradas são
estão em mau estado e têm sempre muito trânsito.
Paguei
pouco mais de 1 € para uma suada viagem de 4 horas.
Apanho
um riquexó motorizado para o hotel Vali, situado no fim de um beco
tranquilo, depois de passar por uma meia duzia de pequenas oficinas
de mecânica de bicicletas e motas.
É
nesta moradia pintada de verde com quartos simples mas económicos
que vou passar uma noite. Na realidade, o quarto não chega aos 8 €
a noite e por isso não fico surpreendida com a cama muito estreita
encostada à parede pintada de verde, debaixo de duas janelas com
vidros opacos sem cortinas, a espécie de escrivaninha com a cadeira
de plástico e a casa de banho muito antiga, mas ainda assim
espaçosa.
No
Restaurante do hotel como o pior Aloo Gobi da minha vida.
Cruzo-me
com alguns turistas indianos e um grupo de estrangeiros com guia. Um
dos indianos com quem me cruzo é Sanju. Voltamos a encontrar-nos à
saída do Palácio quando me pergunta se vou ao templo e como vou.
Respondo que de riquexó. Diz que não vale a pena, que é muito
perto e dá bem para ir a pé. Junto-me então a ele e ao seu colega,
um jovem estudante universitário com ar espevitado. Tambem penso que
Sanju é estudante, mas na realidade já trabalha e trabalha numa
empresa de equipamento de hemodiálises como coordeandor. Mal saímos
do complexo Real, um motorista de riquexó mal encarado aborda-nos.
Pressiona-me a entrar no riquexó, mas Sanju e o colega dizem-lhe que
vamos a pé. O motorista exalta-se, e começa a gritar em tamil e os
rapazes respondem em hindi tambem. Sei que sou o motivo da discussão,
mas limito-me a observar e o motorista exalta-se ainda mais e acha,
vai-se lá saber porquê, que tenho que entrar no seu riquexó.
Ignoro-o e continuo a andar e ele acaba por desistir.
Alguns
minutos depois, estamos junto ao impressionante templo da dinastia
dos Chola, construído no sec XI.
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