sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Badami - 8.Outubro


Rua principal de Badami




Cave Temple em Badami




Rua principal em Badami


Hampi - 7.Outubro

Templo Vittala em Hampi





Templo em Hampi




Templo Hindu em Anegundi



Anegundi - do outro lado do Rio de Hampi




Anegundi


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Hampi

6.Outubro - Hampi

 
Hampi


 

Hampi


 

Hampi


 

Hampi



 

Hampi




 

Hampi

 

Hampi


 

Hampi

 

Mysore - Hampi

 

4.Outubro - Viagem de Mysore para Hampi

 
 
 
Autocarro enfeitado para o Dushera


 
 
Algures a meio do caminho
 
 
 
A caminho de Hampi

 

Mysore

 

3.Outubro - O Dushera em Mysore

 
 
 
Centro de Mysore

 

Mercado em Mysore

 

Mercado de Mysore

 

Centro de Mysore

 

Galeria de Arte em Mysore

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Mysore

1.Outubro - O Dushera em Mysore




Mesquita nos arredores de Mysore



Rua de Mysore


 

Mausoleu nos arredores de Mysore
 

Chennai - Mysore

 
 
30 de Setembro - Shatabdi Express para Mysore
 
Em Mamallapuram adormecia ao som das ondas, na estação de Chennai ia dormindo com os anúncios na língua tâmil ao que presumo serem saídas de comboios e informações sobre plataformas, alternadas com pequenos trechos de musica clássica, tipo valsa. Vem à minha mente a confusão que deve continuar noite fora no piso de baixo e como esta musica tranquila, alegre e descontraída parece algo de burlesco e irónico.
 
O comboio sai às seis da manhã, é confortável, espaçoso e servem pequeno-almoço e almoço que está incluído no preço do bilhete. Cerca de 6 ou 7 horas depois estou a chegar a Mysore emais uma vez mudo de Estado, passo de Tamil Nadu para Karnataka, em vez da língua tâmil, passo a ouvir kanadá, a lingus oficial de Karnataka. Estamos em, plenos festejos do Dushera, muito celebrado em Mysore, festival que celebra a vitóriade de Ram sobre o demoníaco Rei do Sri Lanka que lhe raptou a mulher., e muitos indianos de outras cidades e outros Estados vieram passear e assitir a um dos momentos altos do festival nesta cidade, a iluminação do Palácio Real.
 
Fico instalada no Hotel Grand Inn e embora não seja um hotel de luxo, mas é também a antítese do dormitório onde passei a noite anterior. Os hotéis da cidade estão quase todos cheios. O Grand Inn está muito bem, localizado, a cerca de 5oo m do Palácio e também muito próximo do Grande Mercado.
 
O Palácio é imponente e aproveito o fim da tarde para o visitar. Tenho que o contornar, até dar com um dos 4 portões  e único que está aberto para as visitas. Neste percurso conheço o Sachu, consultor e os 2 amigos, que vieram de Hyderabad e na bilheteira como não tenho troco, oferece-me-me o bilhete...como indiana, Na realidade os indianos pagam 10 rupias enquanto que os estrangeirtos pagam 250 rupias. Pergunto ao Sachu como é que vou passar pelo funcionário à entrada do Palácio, mas ele apenas me diz para os seguir. Tal como eu esperava, o funcionário questiona-me porque tenho um bilhete de indiana, ou seja, a coisa deu para o torto. Não sei que explicação o Sachu deu ao funcionário mas acabou por dar meia volta e ir comprar-me o bilhete para estrangeiros. Visitamos o Palácio juntos e cada sala que atravessamos dá lugar a um esgar de admiração. Cada sala é mais bonita que a outra, pilares esculpidos , pinturas e quadros que adornam as paredes, tapetes cravados com pedras preciosas.
Fora do Palácio decorrem os preparativos para o Dushera. Estão a montar um palco e fico a saber que vai haver um espectaculo de musica tradicional indiana. Também estão a colocar cadeiras de plástico.
No inicio da noite quando volto, ainda assisto um pouco ao concerto de musica tradicional e de repente a meio de uma musica, o Palácio transforma-se num arraial de luz. Tudo à volta do Palácio e pela cidade fora está com iluminações e as ruas inundadas por gente. Vive-se o Dushera. A Vitória do Bem sobre o Mal.
 
 
Palácio Real à noite

Palácio Real em Mysore no festival do Dushera
 


 




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Iluminações do Dushera vistas do Restaurante

domingo, 5 de outubro de 2014

Chennai.

 
 

29 de Setembro - Um dia na estação


De manhã, às sete, estou de novo a tomar banho toda vestida. O céu tambem vestiu uma neblina, mas nem por isso a temperatura arrefeceu.. Não tarda muito, vejo as miudas indianas a descerem os degraus que do rés do chão da guesthouse, já meio degradados, dão acesso à praia. Já não sou a unica dentro de água. Elas chapinham todas contentes da vida, enquanto o pai as vigia da varanda, e pouco depois a mãe já desce tambem para o areal. Trocamos os habituais cumprimentos e sorrisos e volto a sentir o desconforto da roupa molhada e salgada no corpo.

Ao meio dia faço o check-out e apanho um riquexó até à estrada onde há-de passar a camioneta para Chennai. A camioneta vem atolada e consigo um lugar exiguo ao lado de uma familia com uma criança pequena, mas o meu corpo está metade no banco e metade fora. A viagem até Chennai demora cerca de 2 horas, mas metade do termpo é para atravessar a cidade que parece que não tem fim. São ruas, avenidas, viadutos, sempre num frenesim constante de veículos e pessoas. E que a cidade me perdoe se estou a ser injusta, mas fico alividada por não passar tempo neste caos. Aliás, o meu dia bem se podia chamar “Estação de comboios”, tal como o “Aeroporto” do Tom Hanks. Chego às 14.30 à caótica estação central e o meu objectivo é pernoitar aqui mesmo para às 6 da manhã do dia seguinte partir no Shatabdi Express até Mysore, já no Estado de Karnataka.

Carreagadissima com as mochilas dou algumas voltas à estação, perguntando aqui e ali, até dar com os Retiring Rooms que são no piso superior. O funcionário anuncia que os quartos privados estão cheios e para ficar no dormitório, só devo aparecer por volta das 19 horas.

Primeira coisa a fazer: livrar-me do peso e procuro o depósito de bagagens, mas dizem-me que primeiro a bagagem tem que passar pelo tapete da segurança electronica, que é do outro lado da estação. Cumprido o procedimento, liberto-me finalmente da mochila e vou sentar-me na sala principal, uma divisão enorme repleta de pessoas que stão sentadas nas cadeiras, estendias no chão, em pé, de um lado para o outro...uma verdadeira massa humana que chega a confundir os sentidos. Como aqui não há ar condicionado, depressa me sinto desconfortável sentada na cadeira que ainda por cima é escorregadia. Depois de deambular mais um pouco pela estação descubro uma sala reservada com ar condicionado a pagantes, 30 rupias por hora e as seguintes 20 rupias cada. Fico aqui uma hora e começo a ter fome. Há algunsa sitios onde comer: uma cantina, algumas banquinhas que vendem comida empacotada e salgados e doces com moscas famintas, e descubro um restaurante vegetariano com piso superior com cadeiras e mesas com bastante gente. Há muita gente, quer sentada nas mesas a devorar thalis com as mãos, como empregados que eficientemente vão servindo e recolhendo loiça. Peço um biryani de vegetais que vem bastante picante. Entretanto sentam-se à minha mesa a Issta e o marido que são de Chennai. A Issta mete logo conversa comigo, com as perguntas habituais, como me chamo, o que estou a fazer na India, se estou sozinha, se estou a gostar, qual a minha profissão...

Dou mais algumas voltas e a confusão de gente é efectivamente grande. Estamos no Dushera, um festival religioso que dura 10 dias e muita gente está de viagem. Quando são quase sete horas.vou recolher a mochila e volto a subir ao segundo piso, e o funcionário diz-me que não estou a cumprir com o que me disse, estar ali às 20 horas...Das 19 passou para as 20. Fico desmotivada. Indica-me a sala de epsera logo ali ao lado, só para mulheres. Arrasto-me até lá, mais uma sala com cadeiras de plástico, mas uma varanda muito agradável, mas está tanto calor que me sento na cadeira à espera. As mulheres conversam, carregam telemóveis nas tomadas à entrada da sala, dormem e há a Merin de 14 anos que me vem pedir àgua. Ficámos a conversar até às 20. A Merin diz que mãe que està deitada mais à frente a dormir foi furtada na viagem de comboio anterior enquanto dormia. Agora estão mais umas quantas horas à espera de outro comboio. Estão a aproveitar os feriados religiosos para viajar até Kerala para passear e visitar familia, ela, a mãe, o pai que está lá fora e a irmã de 16 anos que está na varanda. A Merin parece ser muito inteligente, gosta muito de ler e faz-me questão de mostrar os 2 livros que trouxe consigo e ainda confidencia que ali perto da estação há um par de ruas só com livrarias. “É uma tentação!”, exclama entusiasmada. Quer saber se no meu País, podemos escolher os namorados e diz que na India não é possivel, mas que tem sorte, porque os pais são de mente muito aberta e por isso ela não vai ter esse problema, aliás confidencia-me ainda em tom mais baixo que já teve um namorado lá na escola, mas que agora não se falam. Ficamos mais de 1 hora à conversa.

Às 20 horas consigo finalmente o quarto no dormitório, um cubiculo com uma cama muito estreita encostada à parede, por baixo de uma ventoinha e um aparelho de ar condicionado, separado do outro cubiculo por uma parede que não chega ao tecto. Para alem dos cubiculos, há a casa de banho e a sala do chuveiro. Por 265 rupias, não podia exigir mais...
 
 
 
Camioneta de Mamallapuram para Chennai

 

Estaçao Central em Chennai


 

Issta e o marido no Restaurante da Estação




 


Estação de Chennai


 

Dormitório na Estação de Chennai

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Mamallapuram

 

 

28 de Setembro - Mamallapuram,
 
 
São mágicas as noites dormidas neste lugar. Está mesmo em cima do mar, é quase como se tivéssemos num barco e o mar não tem dó nem piedade quando rebenta no areal e nas rochas que separam a guesthouse dele e durante a noite é esse som que me embala o sono, som forte e rude, mas ao mesmo tempo apaziguador.
As sete da manhã, já o Sol acordou há um bom pedaço, arrojado,que de tímido nada tem este Sul Indiano. Tinha combinado com a Sara e o Tobi tomarmos banho juntos, mas o casal deixou-se dormir e quem me faz companhia nos mergulhos matinais é a família indiana do outro quarto. O pai está em calções e tronco nu, mas a mãe e as filhas completamente vestidas. As garotas estão muito entusiasmadas e saltam para dentro de água aos risos, chapinham, empurram-se uma à outra e até convencem a mãe a entrar na brincadeira.ortável.
Faço como elas, entro na água vestida, com umas bermudas e um top. A temperatura é irresistível, apesar de a corrente ser um pouco forte, mas a roupa cola-se ao corpo e pouco depois torna-se um pouco desconfortável. Sento-me nas rochas e observo a os meus vizinhos de Chennai. O pai já se retirou para o quarto; a mãe vigilante observa as filhas também sentada numa rocha e parece-me que as miúdas não se sentem minimamente desconfortáveis com as roupas molhadas pois não saem da água.
Quando vou tomar o pequeno-almoço ao restaurante do guesthouse situado no terraço, cruzo-me com a Sara e o Tobi que estão quase de saída, para Pondicherry e acabamos por comer juntos e partilhar mais umas conversas.
Depois da despedida também saio, mas para conhecer os templos. Alcanço rapidamente pela praia o Shore Temple, todo escavado na pedra, e a sofrer as amarguras de uma vida inteira virada para o mar, cada vez mais próximo dele. É um templo pequeno mas ricamente esculpido, e nasceu no sec. VIII. Aprecio os três altares, dois deles dedicados a Shiva e um a Vishnu deitado a dormir. Uma fila de Nandis, o touro, veículo usado por Shiva, contorna de uma forma vigilante o belo templo. Há muitas famílias indianas a deambularem por aqui e uma delas vem pedir-me para tiramos uma fotografia juntas.
No centro da cidade, e aqui faz-se tudo muito bem a pé, pois é uma cidade de pequenas dimensões, passo por uma manifestação. Ao que parece, uma ministra foi detida em Bangalore e tem sucitado vários protestos em Tamil Nadu, mas não sei os pormenores.
Em Mamallapuram há uma rua e depois mais uns quantos becos virados para o turismo mochileiro, com muitas casas coloridas a servirem de guesthouses, restaurantes e lojas de souvenirs, no entanto, poucos estrangeiros vejo, mas sim  mais turistas indianos.
Almoço no Restaurante Gecko e a esta hora já o calor é sufocante, mas ganho coragem para visitar o Mamallapuram Hill e os 5 Rathas.
O Mamallapuram Hill é uma colina ocupada por pequenos monumentos escavados na pedra. A atracçao princpal parece ser a Butterball, uma pedra imensa que parece estar suspensa e rolar pela ravina a qualquer momento, mas a verdade é que já lá está há muitos anos e acaba por proporcionar sombras muito agradáveis a quem se senta debaixo dela a esta hora de um Sol impiedoso.
Há muitos vendedores de pedras por aqui. Vendem pedras do deus Ganesha, do Sol, dos animais,  para adornar cordões à volta do pescoço, mas a ambição maior é convencer as pessoas a vistarem as lojas onde ganham comissões, e convencê-las a levar estátuas maiores. Há dezenas de lojas, lado a lado a venderem estas estátuas de pedra e mármore, e homens estão lá dentro ou à porta a esculpir mais trabalhos.
Outra peça emblemática de Mamallapuram Hill é o Arjunas  Penance, um trabalho incrível esculpido todo ele em pedra que representam cenas da Mitologia Hindu e do dia a dia da vida no Sul da India.
Passo por mais lojas de pedra e mármore, ouvindo o martelar na pedra, até chegar às 5 Rathas, que significa carruagens, todos esculpidos em pedra bruta. Cada um destes 5 monumentos do sec VII, foi dedicado a um deus Hindu, mas agora recebe o nome dos Pandavas, os cinco irmãos heróis de uma das histórias mais envolventes para os Hindus, o Bhagavad Gita.
Volto para o guesthouse e da varanda vejo alguns surfistas no meio da sondas, bem como muitas famílias indianas. É domingo e o prazer de um fim de tarde na praia é comum a todas as nacionalidades.
Onde estavam a Sara e o Tobi, agora esta um senhor, tambem alemão que está a fazer voluntariado nas aldeias aqui próximas, que são muito pobres.
Volto a adormecer com o mesmo som inquietante e ao mesmo tempo reconfortante das ondas do mar a arrebentarem no areal debaixo da varanda.
 
 
 
Praia de mamallapuram


 

Shore Temple



 

Shore Temple


 

Bola de pedra suspensa em Mamallappuram Hill


 

5 Rathas


 

Templo em Mamallapuram Hill



Vista do Shore Temple

Pondicherry - Mamallapuram


27 de Setembro

De manhã, a Lisa conta-me como foi a meditação e fico com pena de não ter podido assitir. Conta-me que todos se sentaram num pátio exterior dentro do ashram com plantas e árvores e que os vinte minutos de meditação se resumiram a isso mesmo: unicamente meditar, todos sentados de olhos cerrados numa viagem dentro de si mesmo sem qualquer orientação ou instrução.
Despeço-me da Lisa, que entretanto me conseguiu uma reserva num sitio que adorou em Mamallapuram de onde veio.
Apanho mais uma camioneta, esta um pouco em melhor estado que as anteriores, com vidros e bancos ligeiramente mais confortáveis. A viagem não é muito longa, são cerca de duas ou três horas. A estrada segue junto à costa e a paisagem é tropical com muita vegetação densa e um palmeiral vasto. A camioneta para na estrada à entrada da pequena cidade e poucos metros depois de sair dela, apanho um autorriquexó até ao Sri Harul Guesthouse, que a Lisa me fez o favor de reservar em Pondicherry. É o próprio dono que me vem receber, simpático e descontraído e mostra-me o quarto e fico logo satisfeita. É um quarto simples mas com uma varanda mesmo sobre o mar e a vista é impressionante. Do lado direito o areal estende-se até ao Shore Temple, situado mesmo sobre o mar e do lado esquerdo a praia a perder-se de vista ocupada com os barcos dos pescadores e abrigada pelo palmeiral. Alguns surfistas desafiam a corrente que parece um pouco forte e alguns banhistas indianos também tomam banhos, as mulheres mais vestidas do que eles, mas todos muito bem dispostos com a temperatura morna das águas.
O meu quarto está encaixado no meio de dois, e porisso tenho uma varanda de cada lado. De um lado, está uma família indiana de Chennai, um casal com duas filhas que chegou pouco tempo depois de mim e parece combinado, o casal da outra varanda, jovens alemães, a Sara e o Tobi, também chegaram quase na mesma altura.
O Tobi parece exausto e dorme no chão da varanda, enquanto ela me vai contando que chegaram há três dias à India e que estão no incio de uma viagem de quatro meses. A India não é novidade para a Sara, que fez voluntariado durante alguns meses em Auroville, e agora está a regressar para passear e visitar alguns amigos que fez durante esse tempo, mas a viagem deles ainda há-de passar pelo Nepal e Nova Zelândia.
Vou dar um passeio pela praia até à vedação que cerca o Shore Temple. Durante o caminho sou abordada por várias pessoas, que me querem vender colares e pulseiras, ou simplesmente saber de onde sou e como me chamo. Junto ao templo, um homem sai de uma loja que vende sobretudo estátuas em pedra, quase todos deuses, e convida-me a ir visitar o "Museu"... Sinto-me cansada com o calor e a humidade e a persistência dos vendedores e regresso ao guesthouse e na varanda combino jantar com a Sara e o Tobi no restaurante do terraço do mesmo.
Comemos, conversamos, jogamos dados e cartas, enquanto a noite engoliu por completo a praia, e não fosse o som poderoso das ondas a bater no areal, até duvidaria da sua existência ali mesmo ao lado.



Varanda do quarto do guesthouse

Vista da varanda do quarto...com o Shore Temple na encosta

 

Jantar com a Sara e o Tobi

 

Vista da varanda, o mar como chão
 
 
 

Barcos de pescadores na praia de Mamallapuram