sábado, 1 de dezembro de 2012

Alojamento - Parte I


Onde Dormir - Eis a questão...

Para nós, o alojamento não é muito importante. Normalmente procuramos um sítio económico. Priviligiamos a localização e a limpeza. Às vezes temos sorte, outras vezes não...
Reservamos sempre o primeiro sítio onde vamos ficar. Chegar a um local depois de uma longa viagem de avião, baralhados com o fuso horário, de mochila às costas e ainda ter que procurar um sítio para dormir, não nos parece boa ideia.
E assim, o 1º sitio já está reservado, e inclusivamente existem muitos hoteis e hostais que ofercem o transfer o que acaba por ser ainda melhor!
O Lonely Planet é uma preciosa ajuda, complementado com buscas na internet, no site da hostelworld e outras pesquisas. Assim, a primeira ou primeiras noites ficam reservadas, e repito, temso sempre o cuidado de saber como é com o transfer. Muitas vezes está já incluído no preço, o que é muito cómodo e tambem fica naturalmente mais económico. Em Delhi, Cairo, Bangkok, Cidade do Cabo, etc tivemos essa sorte.

A partir daqui, é mesmo à aventura!Muitas vezes vamos reservando o alojamemto durante a viagem, por telefone, por exemplo, com o auxilio do Lonely Planet, ou às vezes até em conversa com outros viajantes que vamos encontrando pelo caminho em que as trocas de experiências são sempre positivas.
Mas o que efectivamente acontece muitas das vezes tambem, é chegarmos a um sítio e termos que batalhar! De mochila às costas, tentamos arranjar o sitio mais económico e adequado para dormirmos. Muitas vezes, batemos de porta em porta sem grande sucesso e estas buscas por vezes chegam a demorar uns largos e largos minutos. Mas faz parte da viagem e afinal da aventura.
Por isso, é que a dada altura resolvemos levar connosco sempre um lençol "milagreiro" que estendemos nas camas cujos lençois infelizmente nem sempre obedecem ao mínimo das limpezas. É que por vezes não temos mesmo alternativa!


Hotel Paradise - O Paraíso aqui não existe...

O alojamento mais decrépito e mais horrendo onde ficámos e acordámos de imediato nesta escolha, foi curiosamente um hotel com o nome de "Paradise", situado na fronteira da Indía com o Nepal, mas já do lado do Nepal.
Tínhamos comprado uma espécie de pacote em Varanasi que incluía a viagem de autocarro atè à fronteira da India com o Nepal, o alojamento no tal hotel Paradise, já do lado da fronetira do Nepal e finalmente mais uma viagem de camioneta até Pokhara. O preço muito convidativo fêz-nos logo suspeitar que as condições do alojamento não podiam ser grande coisa, mas excedeu as expectativas...

Chegamos depois de uma longa viagem de quase um dia numa camioneta velha e poeirenta, à fronteira Nepalesa, já de noite, e devido a mais uma falha de energia, fomos atendidos pelos funcionários numa fronteira escura como bréu à luz de velas.

Hotel Paradise, na fronteira Nepalesa
 Depois de preenchermos os papeis, de nos carimbarem os passaportes e pagarmos o Visto, fomos conduzidos por um homem pelas ruas escuras, passando pelos barracões da fronteira até chegarmos à moradia do Hotel Paradise, com o restaurante no rés do chão e os quartos ao longo de um corredor virado para a estrada, situados no andar de cima, depois de subirmos umas escadas tambem às escuras, alumiadas pela lanterna do homem.

Uma cama grande com lençois duvidosos ocupava o centro do quarto, alumiada por um candeeiro dourado de aluminio onde uma pobre de uma osga acabou os seus dias colada à lâmpada...
Uma porta entre paredes esfoladas e cobertas de manchas, dá acesso a uma casa de banho lugubre e só mesmo o suor acumulado ao longo da viagem nos convenceu a pôr-nos debaixo do chuveiro...mas pouco adiantou...com apenas 3 furos de água a correr..
Pensámos: "Oh, it's Paradise!"

.
                                                                                          

Cazare, Cazare...É a palavra de Ordem na Roménia

Bucareste foi o nosso ultimo destino na Roménia, numa viagem que começou na Hungria, em Budapeste.
Não havia grandes opções em termos de alojamento para mochileiros no centro da cidade. Optámos por saír um pouco do centro. na Roménia é muito comum o "cazare", o alojamento em casas particulares, e muitas mulheres abordam os viajantes nas estaçoes de camioneta e comboio ou até nas ruas e propõem o "cazare". Uma mulher gordinha de cabelos curtos e sorriso rasgado veio finalmente ter connosco e por um preço de cerca de 25 € a noite, ofereceu-nos um quarto em sua casa que segundo ela, não era muito lomge dali.
Casa particular em Bucareste, na Roménia

Valeu a simpatia da anfitriã, que apesar de não falar inglês, provou que os sorrisos tambem podem fazer as pessoas entender-se. A casa, para a qual se acedia através de um portão e um pequeno pátio era bastante simples, bem como o quarto alcatifado que nos tinha para oferecer.







Chungking Mansions - Um caixote em Hong Kong

Chungking Mansions tambem é daqueles sitios que ficará para sempre na memória, e não pelos melhores motivos. É em HongKong. Aqui o alojamento é caro. Existe então a opção de ficar em Chungking Mansions, um arranha-céus gigantesco de corredores interiores e exteriores labirinticos onde existem pequenos hoteis ou pensões a preços mais acessíveis.
ChungKing Mansions

No elevador cruzamo-nos com africanas de vestes coloridas, homens chineses de negócios de pastinhas nas mãos ou indianos sikhs com os turbantes nas cabeleiras negras, pois para alem dos hoteis e pensões, muitos emigrantes vivem aqui nestes apartamentos.
Há muitos hoteis por onde escolher, o dificil é mesmo escolher o menos máu....
Acabámos por ficar num quarto aka caixote, sem janelas, com papel de parede e ainda partilhá-lo com dezenas de baratas pequenas que resolveram visitar-nos durante a noite e nem foram convidadas....
Valeu pela boa localização, no centro de Hong Kong, onde tudo acontece.


Dormir na Amazónia num Ecolodge

Na Amazónia, só podíamos dormir num sítio: num Ecolodge!
Reservámos um pacote na Magic Rivers Tour de 3 dias a partir de Portugal e para alem das dormidas num bungalow sem vidros nem portas, sem luz e sem água quente, o preço incluia todas as refeições, que por sinal eram deliciosas e os passeios de barco, a pesca da piranha, o passeio nocturno pela selva, etc etc conduzidas pela Katia, alemã e pelo Vitor, nascido e criado na Amazónia.
Para alem dos bungalows, uma cozinha simples anexada a um espaço com mesa com uma toalha de plástico, onde tomávamos todas as refeições, e que adquiraim uma especial magia à noite, à luz das velas e dos candeeiros a pétróleo, condimentadas pelas histórias de selva contadas numa voz quase sussurante do Victor.

De manhã tomávamos banho de água fria  ( e sabia bem com o calor! ) nos chuveiros comunitários tapados com cortinas de plástico e à noite deitávamo-nos nas camas envoltas por uma rede e a sinfornia dos barulhos dos animais vindos da selva ali mesmo ao lado, eram impressionantes.
Longe do mundo, separados da civilização por um bom par de horas de barco.















































Sem comentários:

Enviar um comentário