quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

India 2011 - Rajastão e Himachal Pradesh


Jodhpur

É a segunda maior cidade do Rajastão, a seguir a Jaipur. É a cidade azul, às portas do deserto Thar.
A cidade está no sopé do imponente Forte Mehrangath e a vista daqui é sobre uma mancha compacta de casinhas pintadas de azul, de tão compacto, que mal se distinguem as ruas e os becos.

Jodhpur é daquelas cidades que mesmo com um mapa não se deve conseguir decifrar. O melhor é mesmo deambular pelas ruas, algumas verdadeiro caos de trânsito de carros, rickswahs, bicicletas, motas, pessoas, vacas...Outras ruelas e becos mais para o interior, e mais afastados das vias comerciais e principais são mais tranquilos, e descobrimos casas com fachadas admiráveis.
O mais fantástico em Jodhpur é mesmo o viajante perder-se literalmente. Nada de mapas, guias, papeladas...Lá em cima temos sempre o Forte que nos guia e quanto mais nos entranhamos pelas artérias estreitas e labirinticas, mais o passeio se torna compensador. Irmos, sem pressas e sem relógio!



Foi por estas ruelas e becos que nos perdemos durante um bom par de horas. O labirinto da cidade azul, onde um mapa não faz falta nem sentido...



A vista do terraço do hotel onde ficámos era assim:




Na estação de comboios de Jodhpur, compram-se os bilhetes e espera-se e espera-se, muitas vezes longas horas.




O comboio é o nosso meio de transporte favorito. E na India, dona da maior rede ferroviária do mundo,
podemos usar e abusar.

Pergunto-me como será viajar pela India num programa organizado, nas confortáveis camionetas dos Operadores Turisticos, e sem experimentar os comboios nas suas mais variadas classes, de hard seats e soft seats,  de cabines com 4 camas ou com 6 camas, nas carruagens com ar condiconado ou apenas com ventoínha? Quase que me atrevo a dizer: não se foi verdadeiramente à India...

A paisagem desértica do Rajastão, vista da janela de um comboio:




Shimla

Viajámos tambem até ao Estado de Himachal Pradesh, situado no Nordeste da Indía, onde Shimla é a capital
Shimla é uma cidadezinha no meio das montanhas, da cadeia dos Himalaias que pelo seu clima agradável e mais fresco era refugio dos colonizadores ingleses durante os infernais Verões quentes de Delhi.
Dotada de edificos bonitos, é tambem lugar de Universidades de renome e Instituições na área da investigação.

Forma longas horas de vaigem para chegar lá, mas a viagem já faz parte de todo o encanto de Shimla. A linha ferrovíaria que liga Kalka a Shimla é feita por um comboio a que por graça se chama de Toy train, e a viagem é simplemente divinal. Mais de 800 pontes, 103 tuneis num feito de engenharia notável, entre montanhas e vales luxuriantes. Não é por acaso que é património Mundial da Unesco.













Rewalsar

A viagem pelo Estado de Himachal Pradesh revelou-se surpreendemente bonita. Rodeados pelos Himalaias, a estrada segue sinuosa por entre aldeias com os seus pequenos templos perfumados de insenso e decorados com pétalas de flores. Passam por nós à beira da estrada, mulheres de trajes coloridos, carregadas com enormes cestos às costas. É incrivel como as mulheres trabalham por aqui. É muito comum vermos muitas delas, de corpos franzinos a carregarem pedras pesadas nas obras.
Nesta viagem, alugámos um carro com motorista em Shimla por três dias. Esta mesma viagem acabou em Rewalsar, num lugar sagrado à beira de um lago com jardins frondosos. Lugar de culto para Hindus, Budistas e Sikhs, e daí ser um lugar tão especial.
Misturam-se templos com divindades hindus com estátuas de Budas. Cruzam-se connosco Sadhus co  longas barbas e descalços com monges tibetanos com o seu habitual ar sereno que circundam o lago enquanto desfiam os rosários nas mãos.
A imagem gigante e dourada de Padmasambhava, tambem conhecido por Guru Rinpoche, ou o segundo Buda, parece sorrir dos seus 37,5 m de altura.







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